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Eletrobrás fará nova chamada pública para a Teles Pires

OESP, Economia, p. B11
24 de Nov de 2010

Eletrobrás fará nova chamada pública para a Teles Pires
Presidente da estatal classifica de 'mal-entendido' episódio entre as subsidiárias Furnas e Eletronorte

Kelly Lima / Rio

A diretoria da Eletrobrás tenta dirimir mais uma disputa interna entre as subsidiárias Furnas e Eletronorte. Para dissipar um "mal-entendido" que causou "desconforto" entre investidores, segundo palavras do próprio presidente da holding, José Antônio Muniz Lopes, será lançada uma nova chamada pública para compor as parcerias para a disputa da usina Hidrelétrica de Teles Pires, no Mato Grosso.
O leilão acontece no dia 17 de dezembro e prevê a entrega de energia para 2015. Considerada a âncora do leilão, com capacidade para gerar 1,8 mil MW, a Teles Pires teve o projeto elaborado por Furnas, mas foi a Eletronorte a indicada para fazer a chamada pública, pelo Conselho de istração da Eletrobrás.
A ideia era repetir o modelo adotado no Complexo do Rio Madeira, em que uma das coligadas faz a chamada, mas os parceiros são definidos posteriormente pela holding. Furnas, porém, fez uma segunda chamada, confundindo o mercado e expondo publicamente uma disputa interna pelo empreendimento.
"Duas ou mais empresas do grupo podem entrar na disputa desde que estejam do mesmo lado", afirmou o presidente da Eletrobrás, sem querer dar maiores detalhe.
"Roupa suja se lava em casa. Já está tudo resolvido. A chamada que a Eletrobrás vai fazer é para centralizar as discussões, já que alguns investidores se inscreveram para acompanhar Furnas e outros a Eletronorte", minimizou .
Por sua vez, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, ressaltou a importância de Furnas no processo de escolha dos parceiros. "Nós somos uma empresa de 53 anos, que tem todo o conhecimento de engenharia e visão de Brasil. Então, não tem nada de extraordinário. Vamos entrar em conjunto, na melhor opção que for para o sistema."
O episódio remete a fato recente, durante o leilão da Hidrelétrica de Jirau, no Complexo do Rio Madeira, em 2008, quando a direção de Furnas, sob o comando do PMDB, divergiu publicamente do consórcio formado por outras duas coligadas, Chesf e Eletrosul, comandadas pelo PT. À época, a subsidiária assinou um acordo de exclusividade com a Odebrecht e as duas empresas tinham vantagem competitiva por terem, juntas, estudado o projeto. / Colaborou Alexandre Rodrigues

OESP, 24/11/2010, Economia, p. B11

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