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No tapete da frente ampla a mancha é de sangue indigena

Esquerda Diário - https://www.esquerdadiario.com.br
Autor: Tay Coelho
13 de Ago de 2024

Durante o governo do asqueroso Bolsonaro a crise Yanomami sem dúvidas foi um fato de repercussão nacional, quiçá internacional, com um número absurdo de doenças e de mortes dessa população indígena.

Durante o governo do asqueroso Bolsonaro a crise Yanomami sem dúvidas foi um fato de repercussão nacional, quiçá internacional, com um número absurdo de doenças e de mortes dessa população indígena. O garimpo e o agronegócio, pilares aliados do governo reacionário do Bolsonaro, são parte central da crise que atravessa essa comunidade, seja diretamente assassinando indígenas ou destruindo os recursos como a terra, selva e água tão fundamentais para a cultura e sobrevivência desse povo.

Atualmente, na frente ampla, essa crise não se solucionou, na realidade dados do próprio ministério da saúde, do boletim epidemiológico de 2023, mostram que do ano de 2022 para 2023 as mortes Yanomamis aumentaram. Lula em resposta alegou a possibilidade de subnotificação do governo Bolsonaro, algo que não seria surpresa, mas logo em seguida disso o que Lula fez foi diminuir a frequência dos boletins de óbito a ponto de em 2024 receber um boletim sobre seu primeiro trimestre apenas no último dia 5 deste mês, confirmando 74 mortes.

Os Yanomamis, em entrevistas a jornais, declaram que os problemas que atravessam essa crise, por mais que alguns atenuados, persistem, Dário Kopenawa no início do ano declarou "Os Yanomami ainda estão morrendo, enquanto o garimpo trabalha livremente e a saúde Yanomami está ruim. Não melhorou. O garimpo minimizou em três meses, mas depois voltou de novo." Isso se confirma, por exemplo no último boletim, quando, apesar das mortes yanomamis terem diminuído no geral, as por agressão aumentaram, evidenciando a ação ativa do garimpo e possivelmente uma maior investida desse setor.

Segundo o ministério da Saúde, "a precarização dos serviços e sistemas de saúde indígena até 2022 levou a uma situação de emergência de saúde por desassistência no Território Indígena Yanomami, produzindo subnotificação de adoecimentos e óbitos até 2022". Lula por sua vez não pode dar uma resposta a esse problema, seu arcabouço fiscal está no país, dia após dia, espremendo a educação e a saúde, como no último corte de 15Bi, para continuar seu equilíbrio fiscal que só agrada ao capital financeiro.

Dos principais problemas dessa crise, os dois mais críticos são a subnutrição e a malária, esta que aumentou 35%.

É de uma contradição imensa que essa população esteja morrendo de subnutrição enquanto o Governo Federal destina o maior plano safra da história para o agro, setor que, historicamente, dizima as populações indígenas do país, segundo o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas do Brasil de 2022 aponta 146 assassinatos no MS de indígenas entre os anos de 2019 e 2022. Os danos causados pelo garimpo, além de impedir que os yanomami possam cultivar de forma a atender toda população, estão diretamente relacionados com o infanticidio que sido causado ´pela malária, agravado ainda mais com os problemas acarretados com as fortes medicações istradas contra a doença em corpos subnutridos. Uma pesquisa da Fiocruz revela que 92% dos indígenas de 9 comunidades Yanomami estão contaminados com mercúrio Os casos mais graves, pela região remota que vive a população, precisam ser transportados de helicóptero para outra cidade, Boa Vista, para que consigam se alimentar e ter melhor atendimento médico. A cidade é onde o governo investiu na estrutura para atender e alimentar os enfermos, mas que se mostra claramente insuficiente, pois as terras das comunidades continuam devastadas e impedem que elas produzam seus alimentos.

Ao o que a frente ampla joga para debaixo do tapete a crise que persiste ao povo yanomami reduzindo os boletins, colocou nos holofotes seus interesses que estão na posição contrária do enfrentamento dessa crise, como o financiamento do agronegócio e os diversos interesses extrativistas antiecológicos de Lula, como o interesse de explorar a foz do amazonas, as tentativas de avanço no uso do fracking no país, mais recentemente a tentativa de negociar um projeto do agronegócio que poderá destruir 50mil km² da Amazônia, além de todas as flexibilizações de leis ambientais que vem fazendo. Inclusive, Lira, visto com ótimos olhos por Lula, foi duramente criticado por lideranças indígenas após Lira criar comissão sobre yanomamis com deputados bolsonaristas e pró-garimpo.

É absurda a intransigência do governo Lula com os servidores federais ambientais, atacando o direito de greve com judicialização e penalizações nos salários dos lutadores que são parte de, junto aos indígenas, se enfrentar com a devastação que o agronegócio e a mineração buscam pelo lucro. Todo apoio à greve! Pelo direito à autodeterminação de todos os povos!

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