JT
27 de Ago de 2003
Há sete dias em alerta vermelho, decretado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Ilha do Bananal está ardendo em chamas. A propagação do fogo já chegou a níveis preocupantes para as autoridades, inclusive colocando em risco a Mata do Mamão, uma formação onde existe vegetação de cerrado e floresta amazônica juntas. Ontem o Tocantins estava em segundo no ranking nacional de queimadas, com 237 focos de calor. Na primeira colocação, estava o Pará, com 609.
Até ontem, quando mais reforço de equipes do Ibama seguiam para a região, cerca de 50 mil hectares de vegetação de cerrado, varjões e matas ciliares já haviam se transformado em cinzas. O incêndio, detectado pelo Satélite NOAA-12, estava, ontem, acontecendo em quatro frentes: duas que seguiam das proximidades da Aldeia Boto Velho, dos índios Javaé, para a direção Norte do Parque Nacional do Araguaia; e duas que estavam seguindo para a região Sul da Ilha.
De acordo com o relatório número 162 do Programa de Combate a Incêndios e Queimadas (Prevfogo) do Ibama, existem 35 pessoas atuando no controle do fogo na parte Sul da Ilha, onde estão sendo ultilizados um caminhão pipa, um trator e bombas costeiras. Ontem, estava sendo aguardada a chegada de mais 15 abafadores para ajudar no combate às chamas, além de mais brigadistas.
A informação no Ibama é de que o coordenador do Prevfogo, Raimundo Noleto, estaria na Ilha e que havia realizado dois sobrevôos para traçar planos de combate ao fogo no local.
As chamas teriam iniciado a partir de uma roça de toco, feita pelos índios, que, teriam perdido o controle da queimada. Atualmente estão atuando no controle do fogo, funcionários do Parque Nacional do Araguaia, brigadistas e outros servidores do Ibama. (J.G.)
(-Jornal da Tarde-São Paulo-SP-27/08/03)
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