O Globo, Ciência, p. 28
14 de Mai de 2009
Os cosméticos que vêm da floresta
Produtos da Amazônia têm incentivo
Carlos Albuquerque
Que beleza: a região amazônica vai ganhar uma Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocosméticos (Redebio). Com investimentos de R$ 6 milhões, a rede vai tentar estimular os estudos sobre os recursos naturais dos estados do Pará, Maranhão, Amazonas, Acre e Tocantins. O objetivo é valorizar produtos feitos na região - como óleos, perfumes, pomadas - e torná-los mais atraentes para o mercado nacional e internacional. Para isso, uma exigência saudável para a floresta: que todos sejam frutos de um extrativismo sustentável.
- Queremos criar um novo modelo de desenvolvimento para a região, gerando riqueza e empregos, mas tendo na base o conceito de sustentabilidade - garante Ubiratan Holanda Bezerra, presidente da Fapespa (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará), uma das financiadoras da Redebio.
Na primeira etapa do projeto, vão ser favorecidas as pesquisas ligadas à produtos como andiroba (semente usada em tratamento de pele e de cabelos), copaíba, castanha do Pará e babaçu.
- Escolhemos inicialmente esses quatro insumos porque eles já têm um certo mercado regional e nacional, mas ainda apresentam diversas deficiências na sua produção - diz Ubiratan.
Essas deficiências am pela coleta, o processamento e a própria embalagem dos produtos criados a partir dessa matéria-prima. Detalhes que podem fazer a diferença em um mercado cada vez mais valorizado, como o dos cosméticos orgânicos, que movimenta anualmente cerca de R$ 13 bilhões, segundo o instituto de pesquisas britânico Organic Monitor.
- O que temos até agora são produtos não certificados e, por tanto, pouco competitivos nesse mercado - conta o presidente da Fapespa.
O Globo, 14/05/2009, Ciência, p. 28
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