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Serviços são precários na região Norte

Valor Econômico - http://www.valoreconomico.com.br
Autor: André Borges
16 de Jul de 2010

A construção de uma rede de fibra óptica no Norte do país deve ajudar a minimizar as dificuldades causadas pela precária situação do o à internet nos Estados da região. Os serviços, invariavelmente, são caros, instáveis e de velocidade limitada.

Atualmente, o Amazonas está conectado à internet por meio de uma única fibra óptica, além de comunicação via satélite. Até dezembro, o Estado ará a ter uma segunda linha de fibra, com o término das obras da Oi. Para 2011, há a expectativa de que o Estado ganhe mais uma linha de conexão, por meio do projeto de interligação de Tucuruí, Macapá e Manaus. No caso da Oi, o investimento total envolvido na obra é de aproximadamente R$ 100 milhões, enquanto os investimentos no sistema do Linhão de Tucuruí são estimados em R$ 27 milhões.

Em abril, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou que o Brasil está muito aquém dos países desenvolvidos quando se trata de o à banda larga. O relatório do Ipea apontou que apenas 12 milhões de domicílios (21% da população brasileira) têm o à internet rápida no país. "O o é praticamente inexistente no Amapá e Roraima", indica o estudo. Entre os sete Estados da região, Rondônia é o que conta com maior quantidade de lares conectados (16,1%), seguido pelo Acre (15%), Tocantins (11,1%) e Amazonas (8%). No Pará, só 7,7% das casas têm o. No Amapá, o índice é de 0,6%; em Roraima, 0,3%. Para se ter uma ideia da discrepância, no Distrito Federal a taxa de o é de 51%. Nos Estados do Sul e Sudeste, a penetração varia entre 20% e 30%.

O Ipea também mediu o gasto médio com banda larga pelo cidadão. Em 2009, o gasto com o o à internet equivalia, proporcionalmente, a 4,6% da renda mensal per capita, enquanto na Rússia esse índice era de menos da metade: 1,7%. Nos países desenvolvidos, essa média cai para 0,5%, quase dez vezes menor que no Brasil, informa o Ipea.

A velocidade de o também é outro agravante. Em 54% dos domicílios com banda larga no país, a velocidade é predominantemente menor ou igual a 1 Mbps. Em muitos países, essa velocidade nem chega a ser considerada como o de banda larga.

O estudo chama a atenção ainda para o fato de que apesar de a economia brasileira situar-se entre as dez maiores do mundo, em termos de desempenho das telecomunicações, a União Internacional das Telecomunicações (UIT), órgão da ONU para o setor, classificou o Brasil em 60o lugar em 2009. (AB)

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